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Contexto histórico

Os sistemas de reconhecimento facial têm uma histórica que pode ser considerada curta. Isto deve-se ao facto do seu estudo e desenvolvimento ter sido iniciado há relativamente pouco tempo, quando em comparação com outros tipos de tecnologias.
O primeiro sistema de reconhecimento facial apareceu na década de 60 e era muito pouco eficiente. Esta falta de eficiência devia-se ao facto de que para ser possível fazer o reconhecimento o sistema exigia que o administrador se localiza algumas características especificas. Caso não existisse esta localização o aparelho não conseguia realizar o reconhecimento facial. As características em causa seriam a localização das orelhas, da boca, dos olhos e de outros pontos específicos do rosto de uma pessoa que eram especificados pelo sistema. Posteriormente a ter sido feita esta localização o sistema fazia a análise dos pontos e procedia à correspondência com um rosto já conhecido, que se encontrava numa base de dados. 
Na década de 80 foi possível fazer alguns avanços significativos - a aplicação do princípio da análise dos componentes.
Este princípio mostrou que para ser possível ter um sistema de reconhecimento facial considerado de qualidade seria necessário que este tivesse disponível centenas de valores para fazer uma codificação de um rosto, assim para que isto se conseguisse era necessário fazer melhorias ao nível das técnicas de codificação.
Na década de 90 chegou-se à conclusão que com a utilização de técnicas eigenfaces, apesar dos erros residuais, era possível reconhecer faces em imagens, técnica que ainda hoje é utilizadas em sistemas de reconhecimento facial.
Atualmente este tipo de tecnologia é utilizada para os mais variados fins, desde controlo de entradas e saídas, combate à fraude, sistemas de realidade virtual e inteligência artificial e até desbloquear smartphones.
Como é possível ver neste pequeno processo evolutivo dos sistemas de reconhecimento facial este tipo de tecnologia está cada vez mais presente no dia-a-dia e muitas das vezes não temos noção do seu poder e, por estas razões, levantaram-se discussões sobre a privacidade de cada um estar a ser colocada em causa, tema que será abordado mais à frente.
A tecnologia de reconhecimento facial está cada vez a ser mais utilizado devido às melhorias que este tem sofrido e por se estar a tornar cada vez mais viável.
Estes sistemas já têm inúmeras utilizações, desde o controlo de autorizações a acessos, como por exemplo o desbloqueio de smartphones, como o da Figura 2, como no registo de assiduidades e até à utilização para cruzamento de dados biométricos para questões relacionadas com a segurança que, como vamos poder ver mais à frente, já é uma ferramenta utilizada por alguns países.
Como tal, vamos explorar esta tecnologia no que toca às suas funcionalidades, constituintes e, como o artigo está inserido na cadeira de Comunicação Áudio e Vídeo, vamos explorar os processos pelo que a imagem e/ou vídeo têm de passar para se conseguir efetuar o reconhecimento facial.
Neste artigo vamos procurar responder também a questões relacionadas com as aplicabilidades deste tipo de tecnologias, onde é que estes sistemas já estão a ser implementados em Portugal, alguns modelos de negócio utilizados, os limites legais da utilização pública deste tipo de tecnologias bem como compreender como é que este tipo de tecnologias poderá vir a ser utilizado no futuro.

Contexto histórico: Sobre
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